quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ouvi por aí... (Parte IV)

BlackBerry Smoke

Charlie Starr, Guitarra e vozes. Richard Turner, Baixo e Vozes. Brit Turner, Bateria. Paul  Jackson, Guitarra e Vozes. Tentei pesquisar a data de formação da banda, mas o próprio site oficial não fornece tal informação. Dizendo apenas que a banda esta na estrada há um bom tempo. Também queria saber particularmente sobre lugar de origem da banda, me parece que seja Nashville. Por cruzamento de informações, o nome Nasville aparece em muitas referências. E cá entre nós, Nashville é o novo paraíso da guitarra. Digo isso porque a Califórnia foi nos final dos anos 70 e começo dos 80. Eis que Nashville produz toneladas de músicos incríveis.

O motivo de meu interesse particular pelo lugar de origem é porque creio que isso influencie no som de determinados grupos musicais, de forma imperativa. Mas, sobre tudo porque tenho me empolgado muito com bandas originárias do Sul dos Estados Unidos. Quero dizer, as vezes me parece que eles não foram afetados por música ruim, e que além disso existe uma espécie de movimento fluente de encontro as origens musicais. Quero dizer que tenho visto muitas bandas originárias do Sul com a busca pelas suas origens. E isso é uma das coisas que mais me atrai na música, as raízes.

Essa é uma dessas bandas fantásticas, que não ignoram o mercado, porque seria, de fato, impossível. Além de abrir a guarda para a boa música que possa vir influenciar. De fato, são bem ecléticos em seus momentos de laser , escutam de tudo e isso percebe-se pelo aspecto profissional. Quando escutamos esta banda, pensamos: ''Essa é uma banda com influencias enraizadíssimas, mas que abrem a guarda pra ideias novas.''. Ao contrario de seus colégas Southerns que caminham em direção ao Rock, esses caras resolveram fazer o inverso, fundar raízes no Country, mesmo tendo uma mão ''pesadinha'' pro gosto dos cowboys. A própria banda garante uma coisa, que não tem nenhum medo de afirmar que são uma banda de Southern. E se quiserem chamar de caipiras, que chamem. MERMÃO, to começando a crer que pra tocar guitarra como gente grande, ou você põe um chapéu e canta como se tivesse um ovo na boca. Ou você morre, e nasce negro. Só essa gente sabe tocar guitarra de verdade.

Aqui entre nós. Puta sotaque bom! 

Site oficial: http://blackberrysmoke.com

Saiba mais: http://www.lastfm.com.br/music/BlackBerry+Smoke

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ouvi por aí... (Parte III)

Ana Cañas

Ana Cañas é paulista tem 27 anos. E grande parte dos sites especializados descrevem-na como uma nova promessa da música. Acho válido dizer que essa pertence a nova safra (Muito boa safra, por sinal.) da música no Brasil. Mas, essa coisa de promessa, acaba abafando o valor real da música que ela tem pra mostrar. Entenda, que essa safra vem nascendo da Mpb. E não que eu não goste de Mpb, muito pelo contrário ô cê gosto.  Mas, é louvável perceber que as raízes musicais dessa moça vai além da Mpb. Quero dizer, essa coisa que ela tem com o folker vai muito além da Música Popular Brasileira, todavia ao mesmo tempo não é paralelo. É um seguimento muito dela que não tenho visto por aí. Existe algo de muito cultural em suas letras e como isso é encantador. Não sei quantos aos preconceitos alheios com relação a identidade religiosa brasileira, mas eu não tenho nenhum, e me sinto encantado com as relações. Entenda que chamei de ''Identidade Religiosa Brasileira'', aquilo que não sei como descrever própriamente. Umbanda, talvez? 

A questão não é essa, a questão é que tal identidade cultural, te leva ao mundo dela. Escutar música dessa moça é se tornar passivo de ir aonde ela quiser te levar. Irreverência e acidez, influencias de folk, mardigrass e jazz. Fora a boa e velha Mpb. Acho desnecessário tecer qualquer comentário sobre sua voz. Ouça e entenda o porquê.

Site oficial: http://www.anacanas.com/

Saiba Mais: http://www.lastfm.com.br/music/Ana+Cañas

Ouvi por aí... (Parte II)

Rose Hill Drive

Formado em 2000 em Boulder, Colorado.

Essa é uma banda Americana, formada pelos irmão Jacob Sproul (Baixo e vozes) e Daniel Sproul (Guitarra e vozes), e Nathan Barnes, um amigo de colégio (Bateria).  Entendem que essa é particularidade do som deles? Eles são irmãos e amigos, e resolveram colocar uma banda pra funcionar, que claramente funcionou e muito bem! Como é o som deles? Eu odeio descrever coisas por rótulos, vou por assim: 

Imagine um som de ''Power Trio'' com todas aquelas características de ausência de exageros, como camadas e mais camadas de guitarras, solos em camadas e harmonizações diferentes. Não é por aí! É um som, mais enxuto, como uma banda de garagem. Mas, a diferença aqui pra uma banda de garagem é que em vez de guitarras e baixos sempre cadenciados, e baterias no bom e velho 4 x 4. Esses caras preferiram abusar da origem do Rock, resgatando coisas do arco da velha, Riffs bem postados e bocado de boas ideias, e muita... MAS, muita vontade de tocar.

Eu não disse que não havia solos de guitarra certo? Eu disse que não haviam milhares de camadas, aqui eles usam as raízes fantasticamente. Então você pensa: ''Se eles usam o clássico, porque é tão interessante e tão novo?''. 

É a identidade deles que fica evidente no trabalho, que torna tudo tão interessante aliado a imensa vontade de fazer música que encanta. Escutamos e irresistívelmente pensamos: '' Se alguém matou o Rock´n Roll, ele acaba de renascer.''.

Saiba mais: http://en.wikipedia.org/wiki/Rose_Hill_Drive

Saiba mais ainda: http://www.lastfm.com.br/music/Rose+Hill+Drive

Ouvi por aí...

Keziah Jones

Olufemi Sanyaolu, nascido em 10 de Janeiro de 1968 em Lagos na nigéria.

Não foi por acaso que ouvi esse cara por aí. Eu procurava por coisas muito específicas no Lastfm, quando esbarrei com a música desse violonista. O que ele faz? Você deve se perguntar.

Ultimamente eu não tenho procurado por caras que se encontram perfeitamente enquadrados dentro de um determinado estilo musical, tenho procurado por sujeitos que apesar de inevitávelmente se utilizarem de determinados rótulos, são capazes de ir além disso e fazer música menos limitada, arriscaria a dizer única. Essa questão de música ''única'' é uma coisa que dá muito pano pra manga eu sei, discute-se não de hoje que tudo já foi feito na música. Mas, isso pra mim, não é tão importante. O fundamental é o encantamento com a coisa em si.

Sem mais rodeios, ele faz algo que ele mesmo chama de ''blufunk'', ele diz ser uma fusão entre dois estilos que são basicamente parentes. Todavia, é pouco dizer que ele faz ''blufunk'', porque vai muito além disso. Suas influencias de músicas populares africanas não foram reprimidas em seu trabalho. Além de ter um pé no experimental e um estilo só dele de tocar violão, através de Slaps, mesma técnica utilizada por contra-baixistas. A proximidade da essência de suas músicas ao trabalho do saudoso Hendrix é encantadoraEncantador também são alguns detalhes sobre sua história, que começa com algo bem diferente do que costumamos ver por aí, ele é filho do chefe de sua tribo que também é um bem sucedido industrial. E foi no meio tribal que teve seus primeiros contatos com a música, sendo exatamente isso que me atraiu. Alguém influenciado por Jimi Hendrix, que surgiu de uma tribo Nigeriana? Sem dúvida interessante.

Saiba mais: http://en.wikipedia.org/wiki/Keziah_Jones

No Lastfm: http://www.lastfm.com.br/music/Keziah+Jones